
Os airbags da Takata, fabricante japonesa de componentes automotivos, apresentaram falhas graves devido ao uso de nitrato de amônio como propelente nos insufladores. Com o tempo, especialmente sob condições de calor e umidade, esse composto químico se torna instável, corroendo partes metálicas do dispositivo. Quando o airbag é acionado, pode ocorrer uma explosão descontrolada, lançando fragmentos metálicos no interior do veículo e causando ferimentos graves ou fatais aos ocupantes.
As consequências financeiras para a Takata foram significativas. Em 2014, estimava-se que os recalls relacionados aos airbags defeituosos poderiam gerar custos de até US$ 500 milhões, potencialmente resultando em prejuízo líquido para a empresa naquele ano. Além dos custos diretos dos recalls, a Takata enfrentou multas substanciais. Em novembro de 2015, foi multada em US$ 200 milhões, dos quais US$ 70 milhões foram pagos imediatamente, devido à gravidade das falhas nos airbags.
As indenizações às vítimas também representaram um impacto financeiro considerável. Em 2017, a Takata concordou em pagar US$ 1 bilhão para resolver investigações, incluindo US$ 25 milhões em multas, US$ 125 milhões para compensação das vítimas e US$ 850 milhões para compensar os fabricantes de automóveis. No Brasil, proprietários de veículos afetados podem receber compensações que variam de R$ 350 a R$ 7.000, dependendo das circunstâncias e do tempo de espera pelo reparo.
A crise dos airbags defeituosos levou a Takata à falência em 2017, após o que a empresa foi adquirida pela Key Safety Systems por US$ 1,6 bilhão. Este caso destaca a importância de rigorosos controles de qualidade na indústria automotiva e serve como alerta sobre os riscos de componentes defeituosos para a segurança dos consumidores.
Para mais informações sobre recalls e indenizações relacionados aos airbags da Takata, confira o vídeo a seguir:
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